Impotência: quando nos devemos preocupar?

A maioria dos homens, em algum momento da vida, sofrerá um episódio de impotência. Se ocorrer de forma esporádica, não temos que nos preocupar. Mas o que acontece quando se repete? Qual é a solução? Como nos podemos prevenir?

impotencia

Os tabus construíram falsos mitos à volta da “impotência”, um transtorno que afeta quase todos os homens em algum momento da vida. No entanto, são muito poucos os que se atrevem a falar sobre a disfunção erétil, a incapacidade de iniciar ou manter uma ereção para a realização de uma relação sexual satisfatória.

Se isto acontecer de modo pontual, não nos devemos preocupar. São muitos os fatores que podem provocar estes episódios esporádicos. Mais importante é não ficarmos obcecados com o episódio nem com medo de que se volte a repetir. Só é considerado uma patologia quando os sintomas persistem durante mais de seis meses ou ocorre um episódio de impotência a cada quatro relações sexuais. Neste caso, devemos consultar um especialista o mais rapidamente possível. O médico determinará as causas da impotência e indicará o procedimento a seguir para a solucionar.

As causas da disfunção erétil

São vários os motivos, físicos e psicológicos, que podem causar impotência. É importante identificá-los para definir o tratamento mais adequado:

-Causas psicológicas: são apenas “responsáveis” por um décimo dos casos de impotência. Nesta situação, o pénis não apresenta alterações físicas. As causas psicológicas mais comuns são ansiedade (provocada, em muitos casos, pelo medo de não ser capaz de conseguir uma ereção), depressão, contrariedades do casal e stress.

-Causas vasculares: estão entre os motivos mais habituais da impotência. Neste caso, o pénis não acumula o sangue necessário para originar uma ereção, devido a fatores como diabetes, hipertensão arterial, colesterol, sedentarismo, obesidade e consumo frequente de álcool e tabaco. Devemos prestar muita atenção a estes sintomas, pois um estudo realizado por especialistas em urologia e cardiologia relaciona a disfunção erétil de origem vascular com a probabilidade de sofrer um evento coronário (um enfarte do miocárdio, por exemplo).

-Causas neurológicas: a transmissão de mensagens do cérebro ao pénis é interrompida devido a uma lesão nos nervos implicados na referida transmissão. Isto pode ser causado por danos na medula espinal, esclerose múltipla ou certas intervenções cirúrgicas na pélvis.

-Causas hormonais: são raras; devem-se geralmente a uma falta de hormonas sexuais masculinas.

-Causas farmacológicas: certos medicamentos (entre eles, os que tratam a hipertensão, as doenças cardíacas e alguns transtornos psiquiátricos) podem ter efeitos secundários que impliquem uma diminuição da capacidade de ter uma ereção.

Assim vai dizer adeus à disfunção erétil

        Não existe apenas um tratamentos para acabar com a disfunção erétil. Por isso, antes de mais, devemos começar por consultar um especialista, que estudará a causa que desencadeia esta patologia e nos recomendará a solução mais adequada. No entanto, existem orientações gerais que ajudam a atenuar o problema, como fazer exercício, ter cuidado com a dieta e evitar o tabaco e o álcool. Se toma alguma medicação, poderá ser necessário alterá-la ou ajustá-la.

-qualidade da ereção pode ser melhorada com fármacos que aumentam a vasodilatação. Não causam uma ereção direta: é necessário um estímulo sexual para que tenham efeito. Também existem substâncias vasoativas em forma de gel e injetáveis.

-Os casos que não se resolvem com estas medidas podem ser tratados com próteses penianas, formados por dois cilindros que são implantados nos corpos cavernosos. As mais sofisticadas usam uma bomba de impulsão que provoca uma ereção artificial.

Como prevenir a disfunção erétil

Em primeiro lugar, é importante ter uma vida saudável. Além disso, quando surja alguma patologia, devemos tratá-la de forma adequada e consultar o médico sobre os possíveis efeitos que os medicamentos receitados podem causar na ereção.

Por outro lado, devemos ter em conta que o stress e as preocupações potenciam a temida impotência; nestes casos (e uma vez consultado o urologista para despistar causas fisiológicas), o mais recomendável é consultar psicólogos especializados em sexologia para que os episódios não se repitam.